domingo, 3 de março de 2013

Injúria Psicótica

Inútil dentre os psicopatas
Que por trás da porta
choravam sob amarras.
Forte grito duma morta.
E me dirás uma ou duas vezes
que tudo o que vi fora mentira!
Que o que ouvi era surdez!
e o absoluto caos engrandecia
o breu
E não era nada.
E ousará dizer-me
que o canto meu tampouco desdiz
as palavras à toa
Dum parceiro antigo
dum final irrecíproco
dum temer quase nada.
Ousa gritar-me agora
num pranto que não cessa jamais
que a vida que vivi
foi quase nada
E a que morri continua
acesa.
E me dirás!
ao anoitecer que a lua traz
que o amargo sabor dos lábios
eles sim, jamais
esconderão-se detrás a porta.
E a porta fecha-se!
numa estrondosa batida
que me arranca os interiores
E, aí sim, ensurdece os tímpanos!
Mas, não mais amor
sendo próximo
incolor
insípido e fajuto
calar-te-á ao
se findarem versos.
O sebo
a janta perdida
o todo esquecido progresso
acaba quando tu ousas
mais um regresso,
Mais uma Infâmia.

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