quinta-feira, 23 de maio de 2013

Desconjunto

A minha letra e o teu nome
a voracidade entre um espirro e outro,
dentre um verso
e uma coloquial fala que
se coloca como intrusa entre as falas.
O meu sorriso e o teu passo
o dia inteiro de controvérsias
um mundo inteiro de desavenças
todo o universo de desencontros…
e nada se encontra no lugar em que deixei.
Um sarcasmo abençoando o outro;
Aquilo que já se foi esquecido
mas que mora morno no peito,
que jaz na tumba enegrecida
cujo epitáfio não está escrito.
E onde esgotou-se o amor?
Em qual ponto o pecado nada mais significou?
Quereria contar a ti os devaneios
mais lúcidos
dos sonhos incólumes
das dunas azuis
pássaros multicolores,
antes de nascer o feto
da nossa morte conjunta
Este que era dono de nome
família - morte
e lábio macio.
Pecado renasce? 

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