Quantas vidas,
mortes, súplicas
terei então de suportar?
Quantas voltas?,
bem claro é, que sufoca
o existencialismo barato
de um marco sádico
a me corroer.
Quantas "des"
e ilusões
me há a vida
de colocar?
a prensar vitórias
e distribuir
almas ilusórias
ao vão imperfeito
do verbo "amar"?
Corroer-me-á
a existência própria
e a voz,
ao citar, descaradamente,
poemas chulos
vingativos nulos
dum amor
pouco solene.
desdizer as sensações
revelar dois corações sem face
a avistar membros hábeis
e colorir risos frágeis
por não haver o que hoje há.
Semelhança alguma?
Ternura foi-se?
As desilusões
conjugações errôneas
de tantos verbos clichês...
E não há um
porquê específico.
Há hoje o que antes não foi
E, por não ter sido,
pode, enfim, ser
Mas, que diabos?!
Amor descontratado
fugaz sentimento ressaltado
Que se exalta a revelar-se inútil
Que poderá, este amor
no fim,
Perdido no vão insano
Que são as palavras
e suas denotações,
Dizer que é? Buscar aqui?
Quantas vidas, ó maldita Lei de Tempo,
espaço, crença,
PERDIÇÃO,
Terei ainda de enfrentar?
E ter corroída a alma
(em quantas vidas),
em seu sentido e calma,
por não me mais ponderar?
(em quantas vidas),
em seu sentido e calma,
por não me mais ponderar?
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