segunda-feira, 3 de junho de 2013

Súplica absoluta rodeada de questionamentos embriagados

Quantas vidas,
mortes, súplicas
terei então de suportar?

Quantas voltas?,
bem claro é, que sufoca
o existencialismo barato
de um marco sádico
a me corroer.

Quantas "des"
e ilusões
me há a vida
de colocar?

a prensar vitórias
e distribuir
almas ilusórias
ao vão imperfeito
do verbo "amar"?

Corroer-me-á
a existência própria
e a voz,
ao citar, descaradamente,
poemas chulos
vingativos nulos
dum amor 
pouco solene.

desdizer as sensações
revelar dois corações sem face
a avistar membros hábeis 
e colorir risos frágeis
por não haver o que hoje há.

Semelhança alguma? 
Ternura foi-se?
As desilusões
conjugações errôneas
de tantos verbos clichês...
E não há um
porquê específico. 

Há hoje o que antes não foi
E, por não ter sido, 
pode, enfim, ser
Mas, que diabos?!
Amor descontratado
fugaz sentimento ressaltado
Que se exalta a revelar-se inútil

Que poderá, este amor
no fim,
Perdido no vão insano
Que são as palavras 
e suas denotações,
Dizer que é? Buscar aqui?

Quantas vidas, ó maldita Lei de Tempo,
espaço, crença,

PERDIÇÃO,
Terei ainda de enfrentar?
E ter corroída a alma 
(em quantas vidas),
em seu sentido e calma, 
por não me mais ponderar?

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